Humm.. eu sei que quando coloco um post sobre Bernardo Santareno até dá a sensação que a seguir irei reflectir sobre o realismo da Nouvelle Vague ou sobre as noções metafísicas no cinema de Andrei Tarkovsky ou o humanismo em Stendhal. Mas, a sério, não necessariamente. O que acontece é que o meu gosto é algo pluralista e se no post a seguir me puser a discorrer sobre blockbusters ou exploitation ou até filmes de luta livre mexicana (El Santo?) eu espero que não fiquem chocados. E eu gosto muito de Stendhal mas provavelmente não o vou ler no original francês!
Porque apesar de me mover nos círculos académicos da literatura, não sou uma leitora de francês (OMD, o choque!). Mas sou dessa nova geração da imagem e do entretenimento que só é fluente a inglês e tem ideias pedagógicas pouco ortodoxas que envolvem muitas vezes métodos audiovisuais (completamente falíveis porque têm sempre, necessariamente, falhas técnicas, porque os computadores é tudo muito bonito mas depois é nisso que dá). Não, não sou só fluente em inglês, eu já traduzi parte dos Anacletos de Confúcio - seria difícil impressionar mais mas é para estes pequenos apontamentos engraçados que se estuda chinês - mas não é a isso que quero chegar. A ideia é falar de despretensão e de abertura para uma realidade pós-moderna da concepção de arte assumindo o seu carácter lúdico, porque o que é lúdico não tem que ser necessariamente obtuso. Temos que assumir a entropia da nossa era e perceber que a nossa realidade artística é polimorfa, íntima, subjectiva. Se somos uma nova geração, temos que parar de copiar modelos de outras mesmo em suportes tidos como mais clássicos ou nobres como o são o da poesia ou do teatro. É difícil ter o conforto de ser demasiado intelectual num meio provinciano e aparentemente provinciano num meio intelectual mas é precisamente nessa desconexão e não-pertença a lugar nenhum que começamos a criar.
Porque apesar de me mover nos círculos académicos da literatura, não sou uma leitora de francês (OMD, o choque!). Mas sou dessa nova geração da imagem e do entretenimento que só é fluente a inglês e tem ideias pedagógicas pouco ortodoxas que envolvem muitas vezes métodos audiovisuais (completamente falíveis porque têm sempre, necessariamente, falhas técnicas, porque os computadores é tudo muito bonito mas depois é nisso que dá). Não, não sou só fluente em inglês, eu já traduzi parte dos Anacletos de Confúcio - seria difícil impressionar mais mas é para estes pequenos apontamentos engraçados que se estuda chinês - mas não é a isso que quero chegar. A ideia é falar de despretensão e de abertura para uma realidade pós-moderna da concepção de arte assumindo o seu carácter lúdico, porque o que é lúdico não tem que ser necessariamente obtuso. Temos que assumir a entropia da nossa era e perceber que a nossa realidade artística é polimorfa, íntima, subjectiva. Se somos uma nova geração, temos que parar de copiar modelos de outras mesmo em suportes tidos como mais clássicos ou nobres como o são o da poesia ou do teatro. É difícil ter o conforto de ser demasiado intelectual num meio provinciano e aparentemente provinciano num meio intelectual mas é precisamente nessa desconexão e não-pertença a lugar nenhum que começamos a criar.
2 comentários:
Concordo. Sobretudo com a entropia polimorfa.
Tipo isto? http://tiny.cc/iybnf
Olá Sara,
é so para dizer que fico contente por escreveres com mais frequência neste blogue. E que fique claro que gostei do texto sobre o Robert DJ, apesar de todas aquelas reticências maliciosas... ise.
Sem beijos
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