domingo, 27 de setembro de 2009

Metric

Sick Muse, Fantasies



Fantasies is the fourth album released by the Canadian indie rock band Metric. It was released on April 7, 2009. In the U.S. it debuted at #1 on Billboard's Top Heatseekers, and peaked at #76 on the Billboard 200. In Canada it debuted at #8 on the Canadian Albums Chart and peaked at #6. In Australia, the album debuted at #48.


"Help I'm Alive" – 4:46 (Emily Haines)
"Sick Muse" - 4:17 (Emily Haines)
"Satellite Mind" - 3:42
"Twilight Galaxy" - 4:53
"Gold Guns Girls" - 4:05
"Gimme Sympathy" – 3:54
"Collect Call" - 4:46
"Front Row" - 3:34
"Blindness" - 4:26
"Stadium Love" - 4:13


sábado, 26 de setembro de 2009

"Eu não comento política..."




Manuela Ferreira Leite disse uma vez que foi a pressão que a fez candidatar-se a líder do partido e futura pretendente a primeira-ministra, ou seja, que não foi ela deliberadamente que teve vontade de o fazer. Ora bem, isso nota-se. Esta foi a pior campanha política do PSD desde que me recordo de assistir a campanhas políticas e, acreditando no meu conhecimento histórico, possivelmente desde sempre. Sejamos coerentes, a mulher não tem “jeito”, vá. Não sabe comunicar, acaba por não conseguir conjugar verbos devidamente ou deixar de gaguejar sempre que tem os meios de comunicação à sua frente. Ok, não ter capacidade de comunicação não tem que ser forçosamente o mais relevante embora seja um aspecto crucial de alguém que se designa por político e a senhora já tem idade para ao longo da sua carreira ter vindo a desenvolver estes aspectos da sua conduta que não eram tão favorecidos, uma vez que sempre foi alguém com pretensões para tal. A mulher nunca comenta. Todos os dias quando ouvimos as notícias ouvimos sempre dizer que Manuela “não comenta” alguma coisa que esteja na ordem do dia. Ferreira Leite não comenta programa eleitoral socialista. Manuela Ferreira Leite não comenta caso das escutas. Manuela Ferreira Leite não comenta alegada compra de votos do PSD. Manuela Ferreira Leite não comenta «assuntos particulares» da Presidência da República. Alguém consegue mesmo saber o que raio é que esta mulher pensa sobre coisa alguma? O que eu acho realmente impressionante é que durante os debates políticos televisivos uma coisa ficou explícita: a imprensa vota PSD. Recordo-me de assistir ao debate Ferreira Leite/Louçã. Louçã com toda a força argumentativa que a lógica lhe cede na defesa das políticas de esquerda, que são, naturalmente, compreensíveis por todos e mesmo a força persuasiva que tem quem idealiza sem nunca ter tido que cumprir nada, fez um K.O. argumentativo brutal à senhora que mais não conseguia do que chegar, inclusivamente, a concordar com parte da campanha política que Louçã estava a desenvolver...para o BE, não para o PSD. O que é realmente impressionante nisto tudo? Ver que apesar do debate se ter todo centralizado essencialmente em política económica, de uma maneira geral os jornais vão colocar um título na notícia como “Ferreira Leite defende a família” referindo-se àqueles 15 segundos em que Louçã dizia defender o casamento homossexual (uma questão de valor que, diga-se, acaba por ser secundária face aos verdadeiros problemas políticos do país, mas enfim). Mais do que isso, os jornalistas criam as posições e os argumentos da Ferreira Leite que ela não soube sequer transmitir, ocultando completamente todo o discurso altamente persuasivo do Louçã. Depois no dia a seguir no Opinião Pública ainda vemos pessoas que dizem que Louçã seria o próximo Kim Jung Il caso pudesse... bem, não o dizem assim porque provavelmente não sabem o nome do líder Norte Coreano, mas basicamente dizem que qualquer PM à esquerda do PS tornaria Portugal numa ditadura militar comunista. Interessante.
Bem, mas então como é que os jornalistas sabem quais são as posições da MFL mesmo quando ela não as conseguiu expressar por muito que tivesse tentado? Ah, talvez tenham lindo o mini-programa eleitoral, o programa de bolso que cabe numa página A4 e que tem como premissa “Ah... nós não vamos poder fazer muito, aguentem-se”. Aguentem-se enquanto somos fábricas para a Europa, aguentem-se que é assim que se criam países ricos... no resto da Europa..., aguentem-se porque é assim que nós somos, pequeninos e insignificantes e a resignação é o primeiro passo para a aceitação. Quando tenta vir com uma nova ideia brilhante de campanha consulta algum assessor que lhe diz para murmurar palavras como “asfixia democrática” ou “isto, sim, na Madeira, é que é uma democracia como deve ser” ou então dentro desta temática o facto de ela ter afastado da sua hipotética elaboração de governo nomes como Pedro Paços Coelho ainda que em termos de número do partido e qualificações fosse prioritário. Para além dos fabulosos slogans nos quais ela não vai hipotecar Portugal. Aos espanhóis? Já percebemos que não gosta de espanhóis e que como diria o Pacheco Pereira ela tem liberdade para o dizer em pleno debate televisivo de uma forma altamente xenófoba, da mesma maneira que o PNR tem direito a ter panfletos que dizem “A coisa está a ficar preta”. Ainda assim, nos slogans de panfleto de campanha acho que ela tem muito mais frases do que aquelas que são realmente passíveis de se ouvir. Enfim, uma campanha absurda que leva qualquer português saudável a não votar PSD a menos que esse português seja, talvez, um professor.
Qualquer outra questão? Não sei, não comento.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Resenha de cinema: Inglorious Basterds

Baseado na obra italiana de 1978 de Enzo G. Castellari, Inglorious Basterds traduzido por “Sacanas sem Lei” é uma ode de vingança passada na Europa. Saltando a sinopse, deixo apenas uma apreciação.



Num ambiente glamoroso de Segunda Guerra Mundial onde a violência se assimila com os mais intensos jogos psicológicos, Tarantino traz-nos a sua mais recente peça de arte. É coerente acrescentar um filme de guerra à sua cinematografia e no entanto, há um claro travo de ousadia. Reinventar a guerra remexendo em assuntos como a Alemanha Nazi e o Terceiro Reich é algo delicado e no entanto foi feito com mestria e sem medo. Depois da inconsequência que foi Death Proof na cinematografia do realizador, Inglorious Basterds é um filme que revela crescimento e coerência temática na jornada que é a procura “ingloriosa” da vingança. E porque falo em 'crescimento' ou amadurecimento? Porque há uma dedicação ao diálogo, característica, à lá Pulp Fiction mas agora a segmentação, ainda que evidente, tem uma finalidade própria, já não há espaços vazios de reflexões contemporâneas e triviais largadas a flutuar no plano da acção. Esta fórmula teve o seu impacto mas não poderia repetir-se de obra para obra. As personagens são construídas de forma deliciosa, com tanto de tipificação e estereótipo como de densidade psicológica.
Algo que acho curioso é ler várias reviews que apontam Brad Pitt como tendo uma das suas piores actuações de sempre. Motivos? Dizem que tem uma representação quase caricatural. Mas vamos lá ver... não é mesmo assim que são desenhadas as personagens de Tarantino? Como se em linguagem de manga de um Shonen se tratasse com todas as personagens cliché que a isso se tem direito quando se consome algo do género? Pois é, eu acho que quem não aprecia a tipificação das personagens não deve apreciar Tarantino de uma maneira geral...Para além do Brad Pitt e do seu bando de 'basterds' destaque para a fabulosa actuação de Christoph Waltz como coronel Nazi de temperamento intelectual e romântico e perigosa mente estratega. O paralelismo guerra/cinema, o ambiente multi-linguístico fazem do filme uma obra de arte requintada para apreciadores do género. Ingredientes típicos? Claro que sim, humor, violência gráfica (com um final que é uma espécie de sobremesa calórica), manta de retalho de diálogos, a violência estética e um tratamento de western. Uma vingança tenebrosa onde quem vence não deixa de demonstrar um lado psicótico.

Caloiro! Olhar para o chão!

Vou deixar aqui o texto que escrevi para um grupo de intervenção cá da universidade. Porque por vezes é preciso algum panfeltismo. Enjoy!

«Já me aconteceu pôr umas quantas caloiras a chorar.» dizia um senhor 'doutor' que ainda não era licenciado a quem tratavam pela estranha nomenclatura religiosa de 'cardeal'. Estava numa reunião de comissão de praxe e as façanhas levadas a cabo por este estudante que há mais de 8 anos tentava licenciar-se em direito eram apreciadas e admiradas pelos alunos de um futuro terceiro ano que iam iniciar-se nas tarefas da praxe e recebiam instruções para tal. «Fazia-lhes praxe psicológica, contava piadas mas depois não as deixava rir» dizia o 'cardeal' com um ar profundo e experiente. E continuava com os seus feitos: «...e fiz uma aula fantasma em que fui tão lixado com umas alunas que elas desataram a chorar».


Assim tentava eu compreender os contornos desta tão proclamada 'tradição académica' que tanta gente faz questão de manter como se, afinal, o papel da juventude fosse 'manter as tradições', também podíamos manter aquela tradição da idade média de matar os ladrões à pedrada, já agora?

Mas os fatos são bonitos, confesso, ficam estéticos e dão aos rapazes um ar romântico. Claro que o romantismo se perde quando pedem aos seus “súbditos” que entoem algum tipo de cântico de teor obsceno, mas isso já serão segundas considerações...

A universidade é na sociedade um antro máximo de conhecimento e encontra-se no fim da escala evolutiva do percurso escolar. Seria de se esperar que este estatuto facultasse alguma responsabilidade que ultrapassasse um mero comportamento animalesco de teor hierárquico com nuances militares?

Bem, mas também estou a ser uma exagerada, não é verdade? Afinal, «só vai quem quer» mas continuam que «caso não vás, podem acontecer-te inúmeras situações de exclusão: não entras no bar universitário, não participas em coisas relacionadas com a academia...», há quem chegue a dizer que não entras no enterro da gata, etc. Ou seja, primeiro temos uma falsa brisa de liberdade e carácter facultativo que vem logo depois ser contrariada por uma completa ameaça que, para um miúdo ou miúda vindos do secundário meio perdidos com o tempo e o espaço, até pode ser tomada a sério. Pode ser tomada a sério caso o pobre pupilo não se recorde naquele instante que vive num Estado de Lei e que ninguém o pode, de facto, impedir de fazer seja o que for que condicione a sua liberdade enquanto cidadão. Claro que os jogos de intimidação colectiva e ostentação de poder pelo qual muitos dos alunos que decidem não participar na praxe são forçados a passar é uma opressão aberrante que só realça os piores aspectos desta suposta forma de integração.

Sim, porque «a praxe integra» quando não se tem maturidade para interagir fora de um esquema pré-definido que passa pela humilhação dos recém-chegados e a integração em códigos específicos e restritos do grupo, sujeitando-se a fazer tudo o que não vai e o que vai contra a sua própria natureza individual. Assim, os recém chegados estudantes que pensavam que se estavam apenas a inscrever num curso universitário descobrem que entraram também para um sistema alternativo de comportamento social.

Como posso ler num panfleto de um grupo de alunos da Universidade do Porto que se preocupam há mais tempo com estas questões: “Na realidade, existem mecanismos de coacção que, embora subtis, são suficientemente eficazes para que @s alun@s do primeiro ano se sintam “obrigad@s” a participar nos rituais praxistas. Ao mesmo tempo que @s praxistas afirmam que tod@s são livres de ir ou não à praxe, ameaçam quem quiser optar por não ir com a ostracização e a segregação académica. A escolha coloca-se assim entre ir à praxe e ser “da malta” ou não ir e ser “anti-praxe”, como se entre o preto e o branco não existisse uma infinidade de cores. A confusão afectiva d@s nov@s alun@s serve o mesmo objectivo, havendo uma oscilação constante entre momentos de camaradagem (nomeadamente nas festas) e de humilhação. Por outro lado, quando algum/a alun@ do primeiro ano mostra vontade de sair da praxe,@s que outrora @ humilharam transformam-se subitamente em seus/suas amig@s, situação que se reverterá num futuro próximo.” escrevem os antípodas (http://www.antipodas.web.pt/ )

O imperativismo social é um aspecto sociológico presente em vários aspectos da nossa sociedade e acredito que a praxe seja apenas um deles, fazendo-nos muitas vezes seguir tendências por questões de mimetismo. Os mitos da ‘exclusão’ são autênticas balelas e só te cabe a ti gerir os teus relacionamentos da forma que bem o entenderes. Mas uma coisa é certa, se há pessoas que deixam de se relacionar contigo por tomares as tuas próprias decisões, será que são mesmo pessoas com quem valha a pena relacionares-te ou até no fundo isto será um filtro que te poderá dar a conhecer o carácter das pessoas à partida?


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pedro e Inês no Japão

"Inês de Castro" Adaptada ao Teatro Tradicional Japonês A história de "Inês de Castro" foi adaptada ao cânones de um tipo original de teatro japonês pela companhia teatral "Takarazuka Musical" (que conta com um elenco totalmente feminino) e subirá à cena no Big Hall do "Nihon Seinen Kaikan" (mapa abaixo), entre 30 de Outubro e 5 de Novembro, com o patrocínio da Embaixada de Portugal/Instituto Camões. Os bilhetes serão postos à venda no dia 27 de Setembro através dos sistemas Ticket Pia (http://pia.jp/t/, P Code 390651), CN PlayGuide (http://www.cnplayguide.com/), Lawson Ticket (http://l-tike.com/, L Code 39663) e Eplus (http://eplus.jp/), bem como no próprio Teatro.


Não sei porquê más há qualquer coisa que me fascina no Pedro e Inês japoneses...

New favorite quote

"I am being dragged into the 21st century, with its meaningless logos and ironic veneration of tyrants." by Mark (4th season of Peep Show) :D