quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

曹方



城市稻草人

一个梦境的周围
散落花瓣十六枚
手指一碰它就没
两棵榕树的范围
那游戏叫做“喂喂”
天都黑了不会累

我爱清晨黄昏
也爱秋天的枯萎
化作一片黄昏
在城市眺望田野的稻草人

就算张嘴也喊不出多美
全在心里指不出你是谁
也许帽檐遮住一些方位
眼底世界只有四十五度

就算张嘴也喊不出多美
所有言语表达多会作废
爱情早在回味里面变味
不要惊扰那梦你继续睡

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

E por falar de Chan-Wook Park com os discretos leitores do blog...

E ainda há pessoas que dizem que sabem o que é cinema de excelência sem nunca terem visto este filme. Ouve-se cada coisa hoje em dia!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

I'm a cyborg but that's ok


Cha Yeong-gun (Im), uma jovem mentalmente perturbada, é internada numa instituição psiquiátrica depois de uma aparente tentativa de suicídio. Yeong-gun recusa alimentos porque acredita ser uma ciborgue, capaz de se tornar uma máquina de morte (se, ao menos, conseguir recarregar as baterias) e de conversar com luzes fluorescentes e máquinas de café. Quando o tratamento psiquiátrico não produz resultados e o seu organismo rejeita a alimentação forçada, Park Il-sun (Jeong), um paciente que se afirma capaz de roubar traços de personalidade alheios, tenta convencê-la a comer, utilizando argumentos compatíveis com o seu estado metal.



Porquê? Porquê tantas apreciações fechadas em relação a este filme fantástico? Está bem, não se incide na temática negra e tétrica que mediatizou Chan-Wook Park como o realizador de excelência que é, mas é uma filme fabuloso a vários níveis. Quer dizer, tem uma composição aberta e abstracta que de resto parece ser tão bem aceite quando provém de directores que já têm o rótulo de avant-garde na testa, mas que é criticada quando provém de autores que parecem já ter dado o roteiro de leitura unilateral dos seus filmes. Mas isto aconteceu na triologia do desespero de Wook Park simplesmente porque ele é um realizador conceptual que seguiu uma linhagem quase clássica de tragédia em todos esses filmes, isso não significa que não seja passível de nos dar algo com outro tipo de pluralidade de hipóteses (não desmerecendo em nada triologia, longe de mim...). Acho ainda que os actores estão absolutamente fantásticos dentro do seu delírio interpretativo, tanto a incrível Su-jeong Lim como o poderosíssimo Park Il-sun (Bi Rain) melhor dirigido do que nunca. E já que estamos a falar do Bi Rain, deixo-vos com esta preciosidade do marketing coreano! (também é daquelas coisas que eu ia ter que pôr no blog mais cedo ou mais tarde...)



...안녕히 가세요!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Selecção de 2007 IV

Embora tenha lido muitas coisas diferentes ao longo deste ano de vários géneros e feitios, julgo que o autor que me marcou mais foi sem dúvida este senhor, cujo melhor livro para mim já tem a sua crónica há algum tempo no Bungaku. Grande parte da obra só chegou cá com uns quê? 20 anos de atraso? Deixemos aos livros o carácter intemporal que inevitavelmente possuem.

Selecção de 2007 III



Enquanto "As Bandeiras dos Nossos Pais" partia da icónica imagem em que cinco "marines" erguem a bandeira dos EUA no Monte Suribachi, "As Cartas de Iwo Jima" mergulha no lado dos soldados japoneses. Contudo, o conceito do filme não se reduz à mera descrição da "outra parte", mas antes a um diálogo perspectivado. Sem dúvida um dos filmes de 2007.

Décadas depois da batalha, são desenterradas no local várias centenas de cartas que revelam facetas desconhecidas dos soldados que aí perderam a vida. Os japoneses estavam cientes que dificilmente sobreviveriam à batalha. Entre eles estavam Saigo, um padeiro que só queria conhecer a filha recém-nascida; um campeão Olímpico de hipismo conhecido em todo o mundo; um jovem ex-agente da Polícia Militar a quem a guerra ainda não roubou os ideais; e o tenente Ito, um militar que preferiria o suicídio à rendição.

A liderá-los, o general Tadamichi Kuribayashi (Ken Watanabe) - as suas viagens pela América revelaram-lhe o quão vã é a guerra, mas também lhe deram a visão estratégica necessária para enfrentar a armada americana. Com poucos meios e poucos soldados, mas uma vontade indómita de vencer, o general tira partido das particularidades da ilha e consegue transformar aquilo que se previa como uma derrota rápida num combate heróico. Em Iwo Jima morreram quase sete mil soldados americanos e mais de 20 mil japoneses. Eastwood deixa-nos esta homenagem repartida em duas sagas de guerra que se reencontram numa só.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Selecção de 2007 II

Hard Fi - Once Upon a Time in the West

Ok, estes tipos são fabulosos e este álbum é muito bom. Um dos álbuns de 2007!




Selecção de 2007




Podia ser um dos melhores filmes de 2007, mas não sei se lhe atribuo essa classificação (maldito final!). Mesmo assim é um filme com detalhes de filmagem absolutamente deliciosos e com uma interpretação soberba do Will Smith que faz com que este filme valha a pena ser visto.