"Tu e eu não somos apenas nós, somos também duas unidades, eu ocupo um poema, tu ocupas outro. A Transfiguração da Fome, de Sara F. Costa, é uma longa narrativa sobre nós: tu, eu e o mundo. Essa história pode ser lida em várias direções, sem necessidade de início ou de fim: há fins antes de certos inícios, há fins depois de outros fins. Em qualquer dos casos, esse será um caminho de referências concretas, papéis no chão levados pelo vento, e metáforas, horizonte. Sara F. Costa prepara-nos uma cartografia exata, não apenas no rigor com que organiza a linguagem, mas também na delicadeza do silêncio: entre palavras, entre versos, entre o título e o início do poema. "(José Luís Peixoto) Publicado na Revista Caliban
Lançamento do livro "A Transfiguração da Fome" de Sara F. Costa
Editora Labirinto
Data: 28 de julho, 17h
Espaço Menina e Moça Livraria Bar, Lisboa
Lançamento do livro "A Transfiguração da Fome" de Sara F. Costa que mereceu uma Menção Honrosa no Prémio de Poesia Soledade Summavielle (2ª edição) e será editado pela Editora Labirinto.
Sara F. Costa (1987) nasceu em Oliveira de Azeméis. É licenciada em Estudos Orientais e Mestre em Estudos Interculturais: Português/Chinês pela Universidade do Minho em parceria com a Universidade de Línguas Estrangeiras de Tianjin, China. Tem recebido vários Prémios Literários nacionais na área da poesia. Participou no Festival Internacional de Poesia e Literatura de Istambul 2017 e em 2018 fez parte da organização do Festival Literário de Macau e do Festival Internacional de Literatura entre a China e a União Europeia em Shanghai e Suzhou, China.
Tem publicadas as obras poéticas:
– A Melancolia das Mãos e Outros Rasgos (Pé de Página editores, 2003); – Uma Devastação Inteligente (Prémio João da Silva Correia, Atelier Editorial, 2008); – O Sono Extenso (Prémio João da Silva Correia, Âncora Editora, 2012);
– O Movimento Impróprio do Mundo (Prémio João da Silva Correia, Âncora Editora, 2016)
– A Transfiguração da Fome (Editora Labirinto, 2018)
Poema em "A Transfiguração da Fome"
Império ao meio
sento-me no limite desta cidade
a observar os quilómetros percorridos entre existências.