Night of the living dead é um filme de terror independente filmado a preto e branco (por opção) de George Romero de 1968 é considerado um dos filmes de inauguração do terror e do gore como o conhecemos hoje, muito polémico e mediatizado devido ao seu conteúdo explícito que de facto, é muito explícito e macabro. Apesar de não ser o primeiro filme de Zombies é pelo menos um dos principais responsáveis pelo arquétipo de zombie na cultura popular e ainda tem uma série de críticas políticas ao período. Mas! E agora é que vem o ponto onde eu quero chegar, - já antes deste filme considerado tão pioneiro, já no Brasil tinham criado uma personagem de terror bem icónica de trash cinema absolutamente assombrosa e cujo conteúdo pioneiro ainda não é totalmente reconhecido... Refiro-me aos filmes de José Mojica Marins, e à sua personagem Zé do Caixão.
Á meia noite levarei a sua alma (1963) Esta noite encarnarei no teu cadáver (1967) Ritual dos Sádicos (1970)
Uma bruxa com uma caveira na mão começa por dizer para não ver este filme. O índice começa por agradecer a agências funerárias. O objectivo do Zé do Caixão é encontrar uma mulher que ele possa engravidar para poder dar sucessão ao seu demónio. A sua mulher não consegue engravidar e ele acredita que a namorada do seu melhor amigo é a mulher ideal para o efeito. Violada por Zé do Caixão, a rapariga quer cometer suicídio para regressar ao mundo dos mortos e levar a alma expurgada daquele que a violou. Durante a noite, Zé tem um pesadelo: a Morte leva-o a um cemitério, onde cadáveres saem das tumbas e o puxam para o inferno. Corredores de gelo, onde homens e mulheres ensanguentados são permanentemente torturados por carrascos do rei das trevas.
Zé do Caixão é sem dúvida um personagem de extrema crueldade onde os momentos de gore são bastante criativos e macabros. Com uma vincada tendência anti-cristo, há uma cena em que ele se põe a comer carne humana à janela enquanto vê a procissão cristã passar num dia santo. A sua catarse é feita através de um monólogo teatral e dramático onde o Zé desafia os poderes de Deus e a sua existência, tentando provar que só o Diabo existe. A trilogia prossegue com Esta noite encarnarei o teu cadáver.
Zé do Caixão é sem dúvida um personagem de extrema crueldade onde os momentos de gore são bastante criativos e macabros. Com uma vincada tendência anti-cristo, há uma cena em que ele se põe a comer carne humana à janela enquanto vê a procissão cristã passar num dia santo. A sua catarse é feita através de um monólogo teatral e dramático onde o Zé desafia os poderes de Deus e a sua existência, tentando provar que só o Diabo existe. A trilogia prossegue com Esta noite encarnarei o teu cadáver.
Os filmes são a preto e branco à excepção do momento em que ele vai para o Inferno, única cena colorida no filme e podemos ver uma representação do inferno que consiste em vários órgãos e partes de corpos ensanguentadas coladas às paredes e tecto e que se movimentam ainda com vida.
Já no terceiro filme um psiquiatra injecta doses de LSD em quatro voluntários com o objectivo de estudar os efeitos do tóxico sob a influência da imagem de Zé do Caixão. O personagem aparece de maneira diferente nos delírios psicadélicos e multicoloridos de cada um, misturando sexo, perversão, sadismo e misoginia.
No site oficial é possível ver a biografia do Zé do Caixão, entre outras curiosidades.
Mais um exemplo de terror de outros tempos neste caso através de um clássico bem bizarro de exploitation do Brasil!
Aqui um excerto da visão do inferno em Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver